Publicado no grupo a 30/06/2011
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«Tudo  é assustador neste processo escabroso. Em primeiro lugar,  naturalmente,  a própria tese de fundo de que o dirigente principal da  polícia  política do fascismo não é responsável pelos actos da  corporação que  dirige, mesmo quando não os executou pessoalmente.  Depois a ideia de que  como o primeiro processo que lhe foi instaurado  ficou sem efeito pela  morte do arguido isso equivale a uma absolvição.   A juntar a isso o  princípio de que o direito à imagem pode sobrepor-se  de forma absoluta e  ilimitada a todos os outros direitos legítimos em  presença (liberdade  de expressão, liberdade de criação artística,  direito à informação,  interesse público, etc.). Em seguida, o próprio  efeito de pressão  ilegítima que a simples admissão do processo exerce  sobre os criadores,  os historiadores, os editores e os produtores  relativamente a futuras  ocasiões em que possam vir a ser confrontados  com situações como esta. E  por último porque se insere numa tendência  mais geral muito preocupante  para tentar branquear o carácter  intrinsecamente ilegítimo e criminoso  do Estado Novo e dos seus  agentes, envolvendo-o numa ilusão de  "normalidade" desculpabilizadora.»
2 comentários:
Uma análise arrasadora!
É isso, mfc! ... tudo a descoberto! Não se pode contemplar com este tipo de coisas! Bjs
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