quinta-feira, junho 30, 2011

«Aos meninos sobrinhos de Silva Pais ...» - Carta Aberta (por Luís Pinto)


«Aos meninos sobrinhos de Silva Pais, crianças loiras de olhos azuis, sentem-se no chão de pernas cruzadas e ouçam o que tenho para vos dizer; Estou a acompanhar este “passatempo” de tamanha graça só ao alcance de meninos mimados como vós. Milhares de palavras espalhadas neste local que constroem harmoniosamente uma pirâmide de opiniões. Porque a conclusão da história cabe à paciência dum juiz que se “entretém” a dar ouvidos ao julgamento mais infantil que alguma vez lhe passou pela sua conduta imparcial.

E quero que os meninos me digam: quem paga este desaforo? Quem é o responsável pelas horas perdidas neste confronto? Quem?

Serei eu a pagar a “destruída boa imagem” do vosso tio que Deus tem? Os meninos sabem que ele - o Silva, não Deus - foi um facínora que se lembrou de morrer antes de ouvir o veredicto dos seus crimes?

Mas a natureza tem coisas divinas e misteriosas; como é possível o gajo vosso tio, ter sido pai duma Annie? Duma Annie que lhe fugiu por entre os dedos para abraçar a linda causa cubana, mas volta célere para defender o seu pai. Era pai, caramba. Um pai pode ser o maior patife, mas não é por isso que deixa de ser pai.

E na peça de teatro que os meninos não devem ver porque tem conteúdo bem longe da vossa compreensão, o valor daquela mulher está magnificamente representado.

O que está por detrás desta vossa brincadeira, queridas crianças? Uns trinta mil euros? Não acredito! Por trinta mil euros os meninos reavivaram o pensamento colectivo duma nação de brandos costumes que a pouco e pouco se vai esquecendo da asquerosa ditadura que vosso tio ajudava e cimentava.

Eu acabo já porque vejo em vós vontade de se levantarem para irem fazer xixi.

Pois podem ir meninos, podem ir. Mas também vos digo; deviam ter pensado várias vezes nesta vossa tão triste brincadeira porque, no fim de tudo, vão levar umas palmadas em sitio conveniente por se entreterem em incomodar as pessoas nas horas dos vossos trabalhos de casa. Ai, ai, que paciência a minha, meninos, que paciência!» - Por @Luis Pinto, no Grupo de Solidariedade com os arguidos do processo crime «A Filha Rebelde» (29/06/2011) - http://www.facebook.com/home.php?sk=group_218651868154749&ap=1

1 comentário:

mfc disse...

Um texto fortíssimo e que assenta como uma luva aos "meninos de olhos azuis"!!!