Quando o outro, o diferente, me faz Ser ...
Quando no meio da solidão,
o que se aproxima,
tão sofrido, ou mais, do que eu,
me faz sorrir,
me faz olhar a vida com outros olhos,
procurar as flores e seus cheiros em cada esquina.
Quando, no meio da agitação,
o diferente,
sim, o outro,
me faz descobrir, a solidão,
uma companheira até ali desconhecia.
Uma companheira desejada?
Desejada na sua mansidão e vastidão.
Uma companheira que vai comigo até ao fundo,
até ao mais fundo de mim.
Que não me abandona nunca, nesta descida,
à qual sei, desde a partida,
se seguirá uma subida.
E o outro, meu Amor,
sempre diferente,
desta outra em que me vou tornando,
onde estás?
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