«No processo de municipalização das escolas surgiu uma proposta
extraordinária. O ministério propõe-se premiar as câmaras que venham a
trabalhar com um número de professores inferior ao considerado
necessário para o universo escolar sob sua alçada. Nas contas que o
PÚBLICO dá como exemplo, se um município trabalhar com 399 professores
num universo que precisaria de 400, receberá como “prémio” metade do
salário que o professor dispensado receberia num ano (12.500 de 25 mil
euros). E este exercício pode ir até 5% dos professores considerados
necessários. Assim, a mesma câmara poderia “poupar” até 20 professores,
arrecadando qualquer coisa como 250 mil euros em prémios. E o mesmo
pouparia o Ministério, aliviado da despesa. Não se percebe se isto é
Educação ou se é o jogo do Monopólio praticado com pessoas vivas. Das
duas, uma: ou quem faz contas aos “considerados necessários” é um
esbanjador por natureza; ou alguém quer brincar com o ensino à nossa
custa.»
In PÚBLICO de 5/7/2014
Este texto refere-se a uma notícia, também do PÚBLICO: «Ministério da Educação propõe prémio para as câmaras que trabalhem com menos docentes».
Imagem de: http://altamiroborges.blogspot.pt/2013/05/o-problema-dos-monopolios-no-brasil.html
A imagem acima, da qual não consegui descobrir a autoria, levou-me a Dali, ao surrealiamo:
Imagem de: http://www.pinturasdoauwe.com.br/2011/12/obras-de-salvador-dali.html
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