domingo, julho 06, 2014

«A educação a jogar ao monopólio», por Direção Editorial do PÚBLICO

«No processo de municipalização das escolas surgiu uma proposta extraordinária. O ministério propõe-se premiar as câmaras que venham a trabalhar com um número de professores inferior ao considerado necessário para o universo escolar sob sua alçada. Nas contas que o PÚBLICO dá como exemplo, se um município trabalhar com 399 professores num universo que precisaria de 400, receberá como “prémio” metade do salário que o professor dispensado receberia num ano (12.500 de 25 mil euros). E este exercício pode ir até 5% dos professores considerados necessários. Assim, a mesma câmara poderia “poupar” até 20 professores, arrecadando qualquer coisa como 250 mil euros em prémios. E o mesmo pouparia o Ministério, aliviado da despesa. Não se percebe se isto é Educação ou se é o jogo do Monopólio praticado com pessoas vivas. Das duas, uma: ou quem faz contas aos “considerados necessários” é um esbanjador por natureza; ou alguém quer brincar com o ensino à nossa custa.»
In PÚBLICO de 5/7/2014

Este texto refere-se a uma notícia, também do PÚBLICO: «Ministério da Educação propõe prémio para as câmaras que trabalhem com menos docentes».


 Imagem de: http://altamiroborges.blogspot.pt/2013/05/o-problema-dos-monopolios-no-brasil.html

A imagem acima, da qual não consegui descobrir a autoria, levou-me a Dali, ao surrealiamo:


 Imagem de: http://www.pinturasdoauwe.com.br/2011/12/obras-de-salvador-dali.html

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