quinta-feira, novembro 11, 2010

«São Martinho»

Hoje é dia de São Martinho, no calor das castanhas assadas, lembrando a linda lenda de quem ao passar, apercebendo-se de que outro não tinha nada para se proteger do temporal, partilha o manto que tem. Uma linda lenda medieval de partilha e solidariedade, se assim a quisermos ver. Aliás como tudo na vida ... é conforme aquilo que queremos e podemos ver.

Hoje tenho a minha costela sindical ao rubro!!

Ontem, numa formação, apercebi-me como por questões de politiquices locais, se mantém fechadas óptimas salas de aula e se fazem trabalhar e aprender crianças em exíguos corredores, sem recursos. Como se o espaço, a forma como podemos ou não dispor dele, e os recursos acessíveis, não fossem elementos indispensáveis para promover aprendizagens. Ninguém já se mobiliza para resolver esta situação! Os pais são de origem social pobre. Tudo ajuda à exclusão daqueles que são já excluídos à partida!! Esta é uma escola no concelho da Lourinhã.

Hoje soube de um amigo que, depois de admitido, foi excluído de um curso universitário, a distância. Pura e simplesmente excluiram-no da plataforma a que tinha acesso. Só depois de ele ter tentado apurar a razão de tal facto, lhe enviaram uma carta do Sr. Vice-reitor da referida universidade, sem data, sem fundamentação legal, a informar que afinal aquele curso não era para ele. Isto aconteceu com diversos colegas que se inscreveram no Curso de Profissionalização em Serviço (CPS 3) da Universidade Aberta.

Tudo isto em dois dias seguidos, neste país, nesta democracia à beira-mar plantada!!

Valem-nos as quentes e doces cores do Outono que nos chegam de longínquas paragens e que partilho solidariamente com os colegas da formação (e com os seus alunos) e com os colegas e amigos excluídos do curso universitário.

Autumn Colors

1 comentário:

Anónimo disse...

Comecem por reunir fotos e toda a informação sobre as péssimas condições dessa "nova" escola. Depois enviem para os blogs de professores e de alguns jornalista.

Democracia directa é precisa. Não nos podemos conformar com a politiquice serôdica.