domingo, setembro 16, 2007

Honras de Estado - 2




Público - Última Hora

Líder espiritual tibetano termina visita a Lisboa
Dalai Lama pede aos portugueses que levem causa tibetana ao Parlamento
16.09.2007 - 20h18 Lusa

Dalai Lama, o líder espiritual tibetano, terminou hoje uma visita de cinco dias a Lisboa, apelando aos milhares de pessoas que estiveram numa conferência pública no Pavilhão Atlântico para fazerem chegar a sua preocupação pelo povo tibetano aos parlamentos português e europeu.

"Vocês enquanto Estado-membro da União Europeia - e o Parlamento Europeu está atento a esta causa - podem ter influência neste país onde há uma preocupação pelo povo do Tibete. Podem fazer chegar essa vossa preocupação ao Parlamento português", disse o líder espiritual do Tibete, quando intervinha na conferência intitulada "O poder do bom coração".

O 14º Dalai Lama exortou ainda os portugueses a "visitarem o Tibete e estudarem o que aconteceu nos últimos 60 anos e vejam o que se está a passar agora". "Contem o que viram" para serem "úteis" à causa do seu povo, desafiou.

Este apelo surgiu em resposta a uma pergunta que a organização apresentou, sugerida por alguém do público, que questionou "qual o apoio que os portugueses podiam dar em prol do povo tibetano.

Em 1950, o Exército Popular de Libertação chinês ocupou Lhasa, a capital do Tibete, e em 1959 os confrontos armados obrigaram o Dalai Lama a deixar o seu país e exilar-se na Índia, em Dharmsala.

Actualmente, Dharmsala é a sede do governo tibetano no exílio que, liderado pelo Dalai Lama, se dedica à causa da libertação do Tibete, através da não-violência.

Em Maio de 1951 foi feito o "Acordo dos 17 pontos para a libertação pacífica do Tibete", que entre outros pontos, dava soberania à China sobre o Tibete, mas reconhecendo a autonomia do governo tibetano no que respeitava aos assuntos internos.

A China comprometia-se a não alterar o sistema político existente, a não interferir com o estatuto do Dalai Lama e a respeitar a autonomia, religião e costumes dos tibetanos.

Em 1965, a China conferiu ao Tibete o estatuto de região autónoma mas segundo Dalai Lama, os tibetanos são hoje uma minoria naquele território. Na capital, Lhasa, mais de dois terços da população é chinesa.

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