Admiro a sua genialidade, a sua ousadia e irreverência, contrastantes com "mesmice neurótica" deste "quadradinho da Ibéria" em que cresci e fui educada, um quadradinho que ainda não se afundou completamente (mas está quase, quase - se se esforçarem mais um bocadinho para salvar os bancos, bem como outras entidades financeiras associadas e os seus astronómicos lucros ... lá chegaremos!).
Cansam-me a sua opulência e as suas misturas desconcertantes, luxuosas, mesmo, que tantas vezes chocam, chegam a ferir e desarrumar a "minha doce harmonia".
Mas sinto que este confronto me atrai, que me fico a conhecer melhor a mim mesma e a mim neste mundo em que vivemos.
Continuo a interrogar-me, no entanto, por que razão num momento como o que estamos a viver, em que a pobreza aumenta todos os dias e, em simultâneo, os ricos aumentam todos os dias as suas fortunas, preciso de "confrontos" como este?
E é ao questionar-me assim, que fico também a pensar nas contradições e lutas de forças que se opõem na atualidade. Contradições e lutas que não nos podem causar se não desconforto.
Por agora chega-me o que vi da Joana Vasconcelos.
(Lx, 21/07/2013)
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